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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Cardeal-amarelo é visto no Rio Grande do Sul após 15 anos


Considerada extinta na região há mais de uma década, a ave Gubernatrix cristata, conhecida como cardeal-amarelo, foi fotografada no começo de maio na região da Serra Sudeste, no Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com o Uruguai. É a primeira vez em 15 anos que um macho adulto da espécie é fotografado e filmado em seu ambiente natural.

A descoberta ocorreu durante expedição da Secretaria de Meio Ambiente do estado à região. Os pesquisadores capturaram o pássaro, coletaram amostras para análises genéticas e fizeram uma marcação que permite monitorá-lo.

O cardeal-amarelo é um dos pássaros mais ameaçados de extinção do Brasil. A única população conhecida e monitorada da ave vive no Parque Estadual do Espinilho e arredores, no extremo oeste do Rio Grande do Sul. A estimativa do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é que existam cerca de 50 aves da espécie em todo o território brasileiro.

De acordo com o Cemave, a captura e o comércio ilegal de cardeais-amarelos para criação em cativeiro são as principais ameaças à espécie e foram responsáveis pelo desaparecimento do pássaro nessa região nas últimas décadas. “Estas ameaças também ocorrem no restante de sua distribuição, que se estende ao território uruguaio e argentino.”

Participaram da expedição pesquisadores de instituições ligadas ao Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Passeriformes Ameaçados dos Campos Sulinos e Espinilho, entre elas o ICMBio.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Agências da ONU apresentam plano para reduzir danos causados por agrotóxicos perigosos

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicaram novas diretrizes com o objetivo de reduzir os danos causados pelos agrotóxicos, que representam um risco elevado para a saúde humana e o meio ambiente.
Jovem coloca pesticida em plantação. Foto: FAO

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicaram novas diretrizes com o objetivo de reduzir os danos causados pelos agrotóxicos, que representam um risco elevado para a saúde humana e o meio ambiente.

Os produtos com toxicidade aguda são os responsáveis por um elevado número de casos de intoxicação imediata, sobretudo nos países em desenvolvimento, enquanto os produtos com efeitos tóxicos crônicos podem provocar câncer ou transtornos de desenvolvimento em crianças em fase de crescimento.

Nos países industrializados, não se permite o uso dos chamados “agrotóxicos muito perigosos” ou sua utilização é restrita. No entanto, estes continuam sendo fáceis de conseguir nos países em desenvolvimento. Além disso, mesmo os produtos perigosos que ainda são permitidos nos países industrializados podem causar graves problemas no mundo em desenvolvimento, onde as circunstâncias em que são utilizados podem ser muito diferentes.

Particularmente, os pequenos agricultores nos países em desenvolvimento não utilizam equipamento de proteção necessário, e frequentemente usam pulverizadores de mochila que representam um alto risco à saúde. Limitar a utilização desses produtos muito perigosos acaba sendo difícil, sendo empregados de forma generalizada por pessoas não qualificadas. Entre as possíveis consequências, estão numerosos casos de intoxicação, contaminação de alimentos e danos ambientais.
Localizar os responsáveis

Um grupo relativamente pequeno de praguicidas muito perigosos costuma ser a causa da maior parte das intoxicações. Em muitos casos, esses agrotóxicos podem ser substituídos por produtos menos perigosos ou pelo manejo integrado de pragas, que tem como objetivo reduzir a dependência de produtos químicos.

As diretrizes oferecem um caminho para ajudar os países a identificar e gerir os praguicidas mais perigosos. Também auxiliam na realização de inventários, avaliação dos riscos e das necessidades reais, e na adoção de medidas para mitigar riscos.

Em muitos casos, será necessário retirar o produto de forma gradual, mas quando não existem boas alternativas, poderão ser consideradas outras medidas para mitigar riscos. As condições locais de uso e a viabilidade das medidas de controle devem ser um fator importante na tomada de decisões.

A FAO também lançou um conjunto de ferramentas para o Registro de Praguicidas para ajudar os governos a realizar avaliações de perigos e riscos, como parte de seu processo nacional de aprovação de praguicidas. Esse kit também pode ser utilizado para reavaliar produtos que foram aprovados no passado, mas que atualmente são considerados muito perigosos.
Ação global unificada

O impulso para melhorar a governança dos agrotóxicos intensificou-se no ano passado quando a Conferência Internacional sobre a Gestão de Produtos Químicos aprovou em nível internacional uma resolução pedindo uma ação unificada para fazer frente aos agrotóxicos muito perigosos. A FAO e a OMS deram assessoramento para avançar neste tema.

Foi feito um pedido para que governos utilizem as novas diretrizes e o conjunto de ferramentas para revisar suas atuais listas de agrotóxicos autorizados, com o objetivo de identificar aqueles que são muito perigosos e tomar as medidas necessárias para reduzir os riscos dos usuários, dos consumidores e do meio ambiente.

Da ONU Brasil, in EcoDebate, 23/05/2016

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Desafio do Brasil é pôr em prática plano de adaptação às mudanças climáticas

Foto: Jaime Gesisky
Adaptação às mudanças climáticas deve ser prioridade para o país.
Por Bruna Mello de Cenço, WWF Brasil

O Brasil já tem um plano para se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas. O documento, lançado na semana passada como um dos últimos atos da presidente afastada Dilma Roussef, contribuirá para que o Brasil reforce sua capacidade de adaptação e avaliação de riscos climáticos, integrando a gestão de vulnerabilidades e riscos climáticos às políticas e estratégias públicas. Deverá também conjugar ações de desenvolvimento nacional e locais às medidas de adaptação previstas no documento. A expectativa é que o plano comece a ser implementado pelo governo interino, pois trata-se de uma prioridade para o país.

O Plano Nacional de Adaptação (PNA) foi uma das promessas do Brasil na Convenção do Clima das Nações Unidas. O documento começou a ser elaborado em 2013 e teve como um dos pontos positivos a manutenção do diálogo com outros órgãos do governo e com a sociedade civil, incluindo reuniões com organizações sociais e uma consulta pública para o documento, para o qual o WWF-Brasil e o Observatório do Clima enviaram contribuições.

O documento inclui objetivos, princípios, diretrizes e estratégias para os seguintes setores e temas: Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, Cidades, Desastres, Naturais, Indústria e Mineração, Infraestrutura (Energia, Transportes e Mobilidade Urbana), Povos e Populações Vulneráveis, Recursos Hídricos, Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional e Zonas Costeiras.

A participação de diferentes atores na elaboração do documento fez com que o PNA tivesse um caráter abrangente e transversal, característica fundamental para um plano de adaptação. “É preciso definir como essas metas serão atingidas, fazendo o detalhamento por meio de planos de ações”, diz o coordenador o Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, André Nahur.

Ele lembra que o Brasil é um dos países mais impactos pelas mudanças climáticas por causa das suas características regionais, enorme biodiversidade e questões econômicas. Um exemplo é a intensificação dos efeitos climáticos que devem trazer mais danos à agricultura.

“A mudanças climáticas já são uma realidade, o que precisamos é nos prevenir para que seus efeitos tragam o menor impacto possível, principalmente para as comunidades mais vulneráveis”, diz ele.

Além de trazer esforços para reduzir os impactos, o plano nacional de adaptação pode trazer soluções e oportunidades para a população brasileira, com empregos verdes e infraestrutura adequada, continua Nahur, acrescentando que o WWF-Brasil tem trabalhado também de forma subnacional, para desenvolver planos regionais de adaptação.

“A partir da publicação do PNA, abre-se caminho para que os estados desenvolvam e implementem os seus próprios planos, com as características próprias de cada região”. (Edição: Jaime Gesisky)

in EcoDebate, 23/05/2016